Não tendo podido, pela dialética kantista da “razão pura”, convencer um banqueiro desta praça a lhe fazer um empréstimo a longo prazo, rápido como o pensamento, o nosso querido “Barão” tira o casaco e entra em “clinch” imediatamente com o repulsivo argentário. A cena passa-se no subterrâneo do próprio estabelecimento de crédito, com a caixa forte à vista, o que empresta maior vigor e sensação à luta.
Antes de terminar o primeiro “round”, o banqueiro, sofrendo forte pressão na região do cólon transverso, pediu louça, declarando, em falsete, que estava disposto a entrar em qualquer acordo, terminando a luta, afinal, com honra para ambos os lados, como convém, aliás, acabar todos os embates entre cavalheiros.
Barão de Itararé
Aparício Torely (1895-1972), o Barão de Itaraé
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