quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Poesias de Vírgilio Mattos

Vendo uma fotografia

como a gente tem sempre
1 pedaço narciso numa
porção qualquer do coração:
percebe o rosto um pouco velho
testando o tato dessa
machadinha bêbada

Jacó, o brasileiro
não aparenta
a quantidade de cachaça
que agüenta

sem falar do bebum
de chapeuzinho xadrez no canto direito do quadro
desfocado
pior do que o fotografo
que tava que tava

Do livro P. C. – Público Cismado. Edição independente de 19981. Poeta e professor de Direito Penal nasceu em Niterói, em 1959, e mudou-se para BHZ nos anos 60 do século XX. Tem poemas publicados na Polônia, Espanha e EUA. Participou ativamente dos grupos Cemflores e Alegria Blues Banda de BHZ e da Editora Pindaíba de São Paulo. Reside atualmente na Capital mineira.
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